sábado, 11 de fevereiro de 2012

A torcida mais apaixonada do mundo é a brasileira, sem dúvidas.

A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser.
Surge de uma hora para a outra, não escolhemos quem amar, como amar. 
É complicado falar de amor, ele abrange tantas coisas, tantas sensações, quer ver...
Corintianos, o que é amor para vocês? Como surgiu? Li esses dias uma história no site do Dr. Osmar de Oliveira, que eu gostaria de compartilhar com vocês, vale a pena: 

"Pacaembu. Corinthians x CRB. Primeiro jogo do Corinthians na série B,  maio de 2008.Era a semana de aniversário de meu neto. Eu e um dos filhos, preparamos uma comemoração especial para o Bruno. Seus 12 colegas corintianos colegas de classe foram os convidados. Com antecipação comprei ingresso para o batalhão, no setor laranja, bem no meio de campo, ao lado das torcidas organizadas. Cansei de tirar fotos e dar autógrafos. Faz parte. E atendo a todos com respeito e compreensão. Faltando uns 10 minutos para começar o jogo, vejo um senhor idoso caminhando na minha fileira, dirigindo-se e olhando para mim. Devia ter mais de 70, pardo, magrinho, roupas simples e um boné branco. Estava um pouco ofegante. Pediu licança para minha neta e sentou-se ao meu lado. Cumprimentou Bruno e disse : “Dr. eu não quero foto nem autógrafo, mas queria que o senhor escutasse a minha história. Sou corintiano desde menino e moro em Guaratinguetá. Ano passado tive dois enfartes do coração e quase morri. Faz 20 dias, tive o terceiro. Um dia, eu estava na UTI, fechei os olhos e fiquei pensando na vida, na família, nos amigos e no Corinthians. Minha mulher sentada ao lado, pensou que eu estivesse dormindo. Entrou o caridologista e continuei de olhos fechados. Ele também pensou que eu estivesse dormindo e disse para minha mulher, que ia ser difícil escapar dessa, mas do próximo, eu morreria mesmo. Não abri os olhos para eles não se sentirem culpados por eu ter escutado aquilo. Mas melhorei, tive alta e hoje tomo uma porção de remédios. Mas sei que meu fim está próximo. Então pedi a meu cunhado ( e apontou o dedo para um senhor que estava um pouco abaixo e prestava atenção, sem poder ouvir, aquela conversa) que me trouxesse a este jogo. Sabe o que eu vim fazer aqui, doutor ?” Eu não tinha resposta para aquela pergunta e ele concluiu :“Vim me despedir do Corinthians, doutor ! ” Me deu um abraço e foi-se em passos curtos, alquebrado, pedindo licença às pssoas daquela fileira. Minha neta Giulia sentou-se e com o carinho de sempre, apertou minha mão e disse : ” Não vai chorar vô, que o jogo já vai começar.Tenho as feições desse homem perfeitamente gravadas na minha memória. Seria capaz de reconhecê-lo num Pacaembu lotado. Sempre pensei muito nessa conversa e nunca poderia imaginar que alguém fosse se despedir do time que torce. Mas já tomei uma decisão. Um dia vou fazer a mesma coisa !" ( Link da postagem )
Em fim, achei que vocês fossem gostar. Para mim eis um amor que foi até a morte, como se diz. Amor que superou a doença, tudo. Que foi maior que as adversidades impostas pelo destino. É um típico caso de amor corintiano. Casos assim me deixam sem palavras, com o olho cheio de lágrima. 
Mas não é só o corintiano assim, que santista não se recorda cheio de felicidade e orgulho do melhor time que o futebol mundial já viu? Que santista não enche a boca pra falar: Sou Santos, tenho orgulho disso! Morreria por esse time que parou uma guerra, que pode não ter a maior torcida, mas que não deixa de ser apaixonada. Ver esse time que enche os olhos de santistas, que faz a torcida seguir mais e mais apaixonada conforme o passar dos dias. 
Independente das criticas e brincadeirinhas, quando o são paulino abandonou a equipe? Quando se calou perante às gracinhas de adversários? Quando fechou a boca de quem brincava ao mencionar os títulos e ídolos? 
Aquela final do campeonato brasileiro de 2009, em que o Maracanã literalmente tremeu, veio abaixo com todos aqueles flamenguistas, doidos, cantando loucamente o hino, quem não se arrepiou? 
Quando a massa tricolor carioca invadiu os estádios, no final de 2009, próximo à queda, quando foi campeão, na Libertadores.
É incrível o amor que vem do sul, tanto da parte colorada como na parte tricolor. Amor e mais amor!
Como entender isso tudo? Como tentar decifrar de onde surge todo esse amor, carinho, paixão? Não dá, mas me encanta, me faz sorrir e acreditar que sim, o futebol brasileiro é o melhor do mundo, que o Brasil é sim o país do futebol, das torcidas loucamente apaixonadas. 
São torcidas que possuem um time, que o empurram, que mostram garra e se rebelam quando não são cumpridas as expectativas criadas. 
O futebol é isso meus queridos, a torcida cantando, o time jogando, todos juntos, seguindo a melodia cantada por milhares de vozes roucas, que são capazes de arrepiar até mesmo quem não sabe, não gosta muito de futebol. Que arrepia adversários, cala rivais. 
É a torcida que faz o futebol ser o que é, não são os jogadores, não são os treinadores e muito menos os cartolas. É a torcida quem vai ao estádio e empurra o time, é ela quem compra tudo por fanatismo, amor, e com isso aumenta a renda da equipe. Por isso é necessário respeita-la da forma que ela merece. 




Realmente, torcida é tudo no futebol. Em grande ou pequena quantidade, loucamente apaixonada ou apenas apaixonada, que critica ou apoia. Sempre a torcida. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário