segunda-feira, 10 de junho de 2013
Venceu e convenceu
Ontem pudemos presenciar uma vitória da nossa Seleção, depois de tanto tempo, perante a um grande nome do futebol mundial. O jogo realizado na Arena do Grêmio não apenas tirou um peso das costas de Felipão e seus comandados, como também deixou uma ponta de esperança para aqueles que acreditam na virada, no término desta fase negra que pairava sob a camisa verde e amarela.
Foi clara a evolução da equipe desde a chegada de Felipão. O esquema tático começou a tomar uma forma e, mesmo sendo contestado no princípio, aos poucos foi consolidando um trabalho melhor do que seu antecessor, Mano, durante 2 anos no comando técnico. A oportunidade dada a nomes como Luis Gustavo, Filipe Luis, e Julio César consolidaram o sistema defensivo, que vinha sendo constantemente furado pelos adversários, opondo-se a ontem, quando não foi sofrido gol algum.
Há vários pontos positivos a serem destacados, porém posso destacar dois: a eficiência da dupla de zaga (que pode dentro de pouco tempo ser a dupla de zaga do riquíssimo PSG) e Paulinho. Ambos vem de uma crescente notória e digna para entrar em destaque, os primeiros são, sem dúvidas, dois dos melhores zagueiros do mundo, e seria apenas uma questão de tempo para que o entrosamento tivesse início. Já o volante corintiano é um jogador diferenciado por ter qualidade tanto apoiando o setor defensivo como o ofensivo também. Unindo tais nomes a parte de trás do esquema do Professor Scolari se fez um dos pontos fortes e, hoje, temos mais fé e menos receio.
No ataque Neymar segue sendo contestado, mesmo sendo clara sua evolução. O ex-santista atuou de forma apagada, como vem sendo ultimamente. Não marca um gol desde 21 de abril e uma boa atuação então nem se fala. Entretanto vale ressaltar que se trata apenas de um garoto de 21 anos com o peso de um país inteiro sobre ele, instabilidade é algo que viria com o tempo, mesmo sendo um gênio. Só resta ter paciência e julgar menos o garoto, na hora certa acredito que será ele quem fará a diferença.
Estamos longe da perfeição, porém é a melhor fase que temos desde a era Dunga, que seria ainda o técnico não fosse o apagão na semifinal contra a Holanda e mesmo com a fase em que se encontrou, foi de encher os olhos ver a torcida apoiar a equipe, lotar a Arena e gritar para impulsionar. Foi bom ouvir gritos de "olé" ao final do jogo e não vaias. Logo terá início a Copa das Confederações e espero que este seja um dos gritos a ecoar das arquibancadas, para que novamente possamos nos orgulhar de ser o país do futebol, com uma torcida apaixonada e que sempre apoia.
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