quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ídolos Santistas

O Santos Futebol Clube nasceu em 14 de abril de 1912 e é um dos quatro grandes de São Paulo. Desde sempre fora conhecido pela base, e pelos Meninos da Vila. Ídolos não deixaram de marcar história na equipe da baixada, sendo um especial, o Rei. 
Em 1920 surgiu a primeira dupla famosa santista, primeira de muitas que viriam com o passar dos anos, Feitiço e Araken Patusca. Inclusive, o primeiro citado é considerado por muitos o maior ídolo santista da fase pré Pelé. Permaneceu no clube de 1923 à 1933 tendo marcado incríveis 216 gols com a camisa do peixe. O segundo, Araken, foi quem comandou a equipe após a saída de Feitiço, que coincidiu com o primeiro título conquistado, em 1935, o Campeonato Paulista. Depois disso, o torcedor ficou sem muito brilho, sem títulos nem nada. 
Mas enganado está que a próxima fase de títulos e ídolos teve vida curta. Chegou 1950 e com ele a geração mais vitoriosa do futebol mundial. Simplesmente isso. Logo na primeira metade daquele período Pepe e Zito formaram a base da equipe que seria campeã estadual em 1955. No ano seguinte mais uma conquista da equipe que já contava com Jair da Rosa Pinto no elenco. Em 1956 veio Pelé, que já estava na equipe. Era o começo do "Rei do futebol" que venceria 11 campeonatos estaduais, 5 Taças Brasil, 2 campeonatos mundiais, 2 Libertadores. Em sua passagem vitoriosíssima pela equipe da baixada formou uma das maiores linhas de ataque de todos os tempos no futebol. Dorval, Mengálvio, Pepe e Pelé participaram da maioria das conquistas citadas. Mas para um time ser excelente não basta apenas atacar e ter atacantes de excelente qualidade, é necessária uma base atrás, o que também não faltava para aquele Santos que marcou história como o melhor clube do século XX. Gilmar dos Santos Neves, Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos e Zito também eram atletas no nível da Seleção Brasileira. 


Todos estes presenciaram também mais uma das conquistas individuais do Rei do Futebol. No Maracanã, contra o Vasco em 1969, de pênalti, o maior camisa 10 de todos os tempos marcou seu milésimo gol, com 13 anos de futebol profissional, com 29 anos de idade.
Com o final desta fase de muitos louvores, demorou um bom tempo para crescer novamente um nome que fosse destaque da equipe ao ponto de ser considerado ídolo pela torcida. Isso só veio a acontecer em 1978 com Pita e Juary, consolidando a primeira geração de Meninos da Vila, pelo fato de ambos terem vindo da base. Essa foi a primeira conquista da equipe depois que aquela geração vitoriosa de 60 pendurou as chuteiras. 
Pita permaneceu no Santos e brigou pelo título nacional de 1983, contra o Flamengo, junto com o recém chegado do tricolor paulista, Serginho Chulapa, entretanto o título ficou com o rubronegro e a equipe da baixada no ano seguinte conquistou o título Paulista contra o Corinthians, o que iniciou o pior momento da história santista. Foram 18 anos sem conquistas relevantes. Apenas em 1995 um jogador entrou nas graças da torcida novamente, o "messias", a confiança depositada do camisa 10, fez com que as esperanças de que o time voltaria a vencer crescessem. Giovanni veio do Pará e logo mostrou seu futebol. O grande ápice dessa campanha foi a final do Campeonato Brasileiro de 1995, contra o Botafogo, onde o Santos ficou com o vice em dois jogos cercados de polêmicas com a arbitragem. Entretanto o que permanece vivo na memória santista é o jogo de semi-final contra o Fluminense, em que a estrela do camisa 10 paraense brilhou. A equipe santista precisava vencer por três gols de diferença. Para delírio da massa que tomava o Pacaembu, Giovanni deu show e comandou a vitória santista por 5x2.
A falta de sucesso da equipe frustrou o torcedor. Até o final do século XX, foi um sofrimento, com muitas equipes fracas e poucos resultados. As alegrias começaram no surgimento de Robinho e Diego, que comandaram a nova geração de Meninos da Vila no título nacional de 2002.


Em 2003 a mesma equipe chegou à final da Libertadores contra o badalado Boca Juniors em que saiu derrotada. No mesmo ano o título nacional também foi perdido para o Cruzeiro, que conquistara a tríplice coroa, em um campeonato que passou dos 100 pontos. Em 2004, Diego deixou o clube e foi para o Porto, enquanto Robinho permaneceu e aumentou sua importância para a equipe da Vila. Foi o principal jogador da equipe que também contava com Ricardinho, Elano, David e Léo que conquistaram o Campeonato Brasileiro do ano. 
Depois da saída destes jogadores, o clube novamente apostou em grandes estrelas para o decorrer das competições, porém, apenas a estrela de Zé Roberto brilhou. Com os títulos paulistas de 2007 e 2008, excelente apresentação nas competições e na Libertadores, o camisa dez marcou seu nome na história santista. 
Nestes últimos anos Elano e Léo foram repatriados, Robinho voltou por 6 meses, e a geração 2.0 de Meninos da Vila entrou em destaque. Com os títulos estaduais de 2010 e 2011, Copa do Brasil de 2010 e Libertadores de 2011 a expectativa que vinha sendo criada para novamente surgir um time campeão foi cessada e é uma realidade hoje. Com o elenco mais valioso do futebol nacional, com craques como Neymar e Ganso na equipe, surge as lembranças de 1960, onde os craques jogavam e todos aplaudiam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário