Infelizmente não estou aqui para dar detalhes da contratação de Jean Chera pelo clube carioca, gostaria, mas não estou. Estou aqui para perguntar o que aconteceu com os "futuros craques" do futebol brasileiro.
Jean Chera tem 16 anos, foi lançado pelo Santos e era considerado a nova esperança do clube da baixada, por reunir características de Neymar e Ganso. Pois bem, este ano o contrato do garoto foi reincidido e ele foi vendido para o Genoa da Itália. Motivo: ele queria receber mais sem ainda ter estreado pelo profissional do clube. A diretoria santista obviamente negou a proposta e ele acabou sendo vendido. Hoje foi anunciada a contratação dele pelo Flamengo.
Então eu me pergunto: onde é que fomos parar com o futebol? O desejo absurdo de querer sempre mais e mais dinheiro, sem nem ao menos merecer isso vem tomando conta do cenário do futebol nacional e mundial. Trocar de time por insatisfação, ok. O que não é admissível é passar por três clubes, ter 16 anos e não tem sequer estreado pelos times profissionais.
O erro está aonde?
Sinceramente, acredito que não esteja na categoria de base e muito menos no clube. Basta analisar o histórico de revelações da categoria de base santista.
Talvez esteja mais do que na hora de parar de pensar um pouco em dinheiro e começar a jogar bola de verdade. São milhões de pessoas que esperam ansiosas para ver um jogo, um craque em especial e, quando ele entra em campo, não demonstra a que veio, recebe um salário enorme e não ajuda em nada.
O futebol é muito mais do que uma máquina de dinheiro, ou devo dizer, que o futebol foi muito mais do que uma máquina de dinheiro?
Cartolas, jogadores, tudo! Onde está o amor depositado na camisa em que veste, as cores que honra? Onde está o profissionalismo? Onde está o caráter dessas pessoas?
Me pergunto constantemente isso tudo e não consigo encontrar respostas cabíveis a essa situação toda. Apenas tenho um desejo. Que isso acabe logo, por mais difícil que seja.
Era uma vez um homem que entrou para a história do futebol mundial, vestindo uma camisa 10 de um único clube. Não importando salários, estando eles atrasados, em dia, era indiferente, o que realmente valia era a sensação de vestir uma camisa branca e preta e demonstrar para milhares de pessoas o que melhor fazia. Com esse tipo de pensamento, esse camisa 10 chegou a seleção, se tornou rei, até hoje é rei, sempre será o rei.
Não é necessário trocar de camisa, fingir um amor inexistente por determinadas cores de um clube. Simplesmente entre em campo, jogue com raça e com vontade independente da quantidade de dinheiro que você vá receber.
Quem sabe, dentro de alguns anos, algumas décadas a politica de um certo Edson volte a circular no futebol. Quem sabe o dinheiro seja menos relevante do que o amor por um clube ou até mesmo, seja menos relevante do que seu caráter e respeito.
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