terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Passado, presente e futuro.




A geração 2010 de meninos da Vila gerou grande impacto, tanto nacional como internacional, como bem sabemos. O primeiro ano da gestão do atual presidente, Luiz Alvaro de Oliveira Ribeiro, começou diferente dos demais, muitos jovens, um novo técnico, caras desconhecidas perante a uma torcida que exigia que o DNA santista fosse preservado e novamente apresentado. Ao contrário dos demais times, na época, o Santos estava atrasado quanto a pré temporada. Neymar, Paulo Henrique Ganso, Wesley, André, Zé Love. Novos nomes, novas expectativas. Expectativas que foram sendo apagadas com o tempo e se tornando reais. O time vinha fazendo jogos incríveis, velocidade, ataque atrás de ataque. Dribles, danças, irreverencia, ousadia, alegria. Ao anuncio oficial da chegada de Robinho ao time por empréstimo, até o final da Copa do Brasil, todos acreditavam que o time que já vinha muito bem, subiria mais de produção e se tornaria inesquecível! Estréia do rei das pedaladas, jogo contra o São Paulo, entrada no segundo tempo. Léo, Wesley, Robinho, gol de letra. Ninguém segurou mais o Santos. 10 x 0, 9 x 0, 8 x 1. Show e magia. O Cirque de Soleil, como muitos jornalistas chegaram a comparar. Campeão Paulista com louvores. E a Copa do Brasil? Quem não recorda daquele 10x0 contra o Naviraiense, o 8x1 contra o Guaraní em que apenas o Neymar fez 5 gols e chegou próximo a marca de Pelé que fez 8 em um mesmo jogo? Quem não recorda como se fosse ontem daquele jogão contra o Grêmio, tanto no Olímpico, como na Vila. Aquele gol do Ganso, no início do segundo tempo, em um jogo em que o Santos estava morto, sem ação. De fora da área, com efeito, pegando o goleiro desprevenido. Foi o gol que abriu uma reação santista. Depois Robinho por cobertura em mais um dos contra-ataques mortais e velozes da equipe santista e para sacramentar, Wesley, na velocidade, saindo do goleiro, deixando meio time gremista para trás. Final de jogo, 3x1 e uma vaga na final contra o Vitória. Ninguém tinha dúvidas, Santos Campeão. Craques da competição? Todo o time, sem exceção. Quem mais se destacou? Paulo Henrique Ganso. 




Agora o foco era Libertadores 2011, o campeonato brasileiro já não tinha mais tanta importância levando em consideração que a vaga já estava assegurada, entretanto aconteceu o que poucos esperavam, Ganso sofreu uma lesão grave em um dos jogos atrasados contra o Grêmio no Pacaembu, o que lhe tirou de campo por 6 meses. Então, como já era de se esperar, a equipe ia se desfalcando para o ano de 2011 que estava por vir. As saídas confirmadas de André e Robinho, logo em seguida a saída de Wesley. Eram poucos os que acreditavam que o futebol seria o mesmo, Wesley dava a velocidade pelo lado esquerdo, Robinho e sua velocidade no contra-ataque e André com seu faro de gol indiscutível. Começou-se 2011 com turbulências por conta da insatisfação do camisa 10, o maestro do time quanto aos seus salários, a sua condição no clube, também pelo fato de que durante a sua lesão, a diretoria teria esquecido dele, de sua proposta como foi feito à Neymar. Apesar das turbulências fora das quatro linhas, dentro de campo, o time seguia bem, mesmo com os problemas com o até então técnico, Adilson Baptista, que deixava o time atrás, a torcida não gostava e os resultados nem sempre agradavam. Saiu Adilson, entrou Muricy. A seriedade e a frase "aqui é trabalho" ficou conhecido como o renascer da equipe nas competições que disputava, Paulistão e a cobiçada Libertadores, que se tornou difícil após os seguidos tropeços na fase de grupos. O Paulistão novamente fora conquistado pela equipe, contra o Corinthians, na revanche de 2009. Entretanto, desta vez quem brilhou foi Neymar. 
Já na Libertadores.... A coisa estava feia realmente, as chances de passar para a fase do mata-mata eram quase extintas. Então, contra o Cerro Porteño, sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, que foram expulsos no jogo contra o Colo-Colo em que o Santos havia vencido por 3x2, a única alternativa para seguir na competição era vencer. Porém aí renasceu a estrela de Ganso e Danilo, ambos comandaram a vitória Santista sobre o time da casa, por um placar de 2x1 e o Santos seguia vivo, então foram apenas vitórias e empates que garantiam a equipe na competição. Final, Santos x Peñarol, a mesma final de 1962 onde a equipe da baixada também se tornara campeã. Não poderia ser diferente e novamente a geração de meninos da vila conquistava a América. 




Em fim, 2012 chegou e não é um ano qualquer para esse time que já conquistou seu espaço no cenário mundial a muito tempo. Ano em que o melhor time do século passado completa 100 anos, 100 gloriosos anos, com história para ser contada por mais de 1000 anos. O melhor ataque do mundo, casa do rei de todos os tempos, celeiro de craques, eternos meninos da Vila, donos da Vila mais famosa do Mundo, temido e respeitado por todo o cenário do futebol. Um dos maiores alvinegros de todos os tempos. E por serem 100 anos, as expectativas sobem, a esperança e o desejo de se tornar tetra campeões da América também, mas não apenas isso, desejo de ver renascer a estrela e a maestria de um camisa 10 que não se via a muito tempo no Brasil, Paulo Henrique Ganso quer e pode ser o principal reforço santista para 2012. Sim, ele vai seguir no Santos, a única coisa que nós, os santistas, e o resto de todos aqueles que respiram futebol desejam é ver a maestria, a genialidade, o toque de bola leve e preciso de um dos maiores tesouros que o Brasil pode ter descoberto, que o Santos descobriu. Caso ele volte a ter o mesmo talento apresentado em 2010, a mesma alegria em vestir a camisa que um dia foi do rei do futebol, aí sim, o Santos ninguém mais para. 
Além dele, se a defesa se firmar, não mostrar mais algumas falhas que podem e serão prejudiciais a equipe, Ibson voltar a jogar o que jogou pelo Flamengo em 2007-2009, onde a equipe se sagrou campeã do Campeonato Brasileiro e Carioca. Ah meus amigos, o Santos entraria para a história novamente. Sem sombra de dúvidas. 
É esperar, torcer, criar as mesmas expectativas criadas no início de 2010, onde todas deixaram de ser expectativas e se tornaram realidades. Onde a alegria reinava, as dancinhas irreverentes irritavam adversários, deixavam-os desconcentrados, as goleadas e o futebol arte eram o centro de tudo. Que em 2012 isso se torne real, que o Santos mostre a que veio. 
Agora quem dá bola é o Santos, o Santos é o novo campeão, glorioso alvinegro praino, campeão absoluto deste ano.
Sou alvinegro da Vila Belmiro, o Santos vive no meu coração, é o motivo de todo meu riso, de minhas lágrias e emoção. Sua bandeira no mastro é a história, de um passado e um presente só de glórias, Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter. No Santos pratica-se o esporte, com dignidade e com fervor, seja qual for a sua sorte, de vencido ou vencedor. Com técnica e disciplina, dando o sangue com amor, pela bandeira que inspira lutar com fé e com amor. 

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